segunda-feira, 21 de maio de 2012

O novo gestor de viagens

As viagens de negócios ganham espaço no orçamento de grandes, médias e pequenas empresas. Só em 2011 este mercado movimentou em torno de R$ 47,5 bilhões, segundo os Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC) – levantamento coordenado pela Associação Brasileira de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (ABGEV), co-realizado pelo Senac-SP e com apoio da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). Este segmento já representa 71% do faturamento total do setor de hotelaria, ante a participação de 61% em 2010.

Mas as turbulências financeiras no cenário mundial e o avanço das despesas em viagens corporativas acionaram o sinal de alerta nas empresas, levando também ao aumento da pressão por economia e pela utilização mais racional dos recursos. É aí que a figura do gestor de viagens ganha ainda mais relevância – afinal, são milhões de reais gastos todos os anos que requerem gerenciamento minucioso. Por administrar orçamento de tal importância, este profissional modificou radicalmente sua rotina nos últimos anos.

Para assegurar a economia desejada, o gestor não pode mais focar exclusivamente na emissão de passagens e vouchers. Hoje ele apresenta condições para extrapolar este trabalho e gerar ganhos significativos. A importância e os resultados que uma boa administração de viagens pode trazer para as empresas são inegáveis.

Quando falamos em um gestor, não se trata de um profissional restrito a exercer o papel de comprar e emitir bilhetes ou reservas hoteleiras, mas sim de alguém capaz de otimizar os recursos despendidos neste segmento. Da seleção de fornecedores mais adequados à adoção de novas regras e ferramentas, a estratégia do gestor é fundamental para um bom resultado operacional.

Algumas mudanças simples, como a implementação de um sistema automatizado para requisição de viagens, conseguem reduzir não apenas o tempo gasto com os colaboradores na solicitação. Elas também garantem economia significativa no valor dos bilhetes adquiridos, trazendo benefícios implícitos com a simples máxima: tempo é dinheiro. O gestor também assume a atribuição de elaborar e aplicar a política da companhia, aferir o que pode e o que não pode ser feito, monitorar o uso de ferramentas como os cartões corporativos, além de definir quais práticas deve-se adotar para conquistar uma economia eficaz, sem prejudicar o desempenho dos negócios.

Por falta de pesquisa e planejamento, empresas não percebem o quanto pode ser economizado quando se tem um profissional especializado e preparado para a função. Despesas expressivas nesta área são negligenciadas e chegam a margens de R$ 2 a 3 milhões, comprometendo seriamente o fluxo de caixa. Em média, pelo menos 8% de bilhetes aéreos emitidos não são utilizados e ficam relegados ao esquecimento. Com sua atuação, o gestor pode promover um trabalho de pesquisa, ajustar políticas de compra e, o mais difícil, conscientizar os diretores sobre a necessidade de aderência à política de viagens da empresa.

Um bom gestor de viagens é antes de tudo um exímio administrador, que entende do mercado de turismo, de tecnologia, negocia não apenas com os seus fornecedores, mas com a empresa inteira, e tem a difícil tarefa de trazer seus esforços à luz da empresa, transformando-os em efetiva economia de recursos. Ganham as empresas, agências, clientes e todo o mercado.

* Carlos Prado é presidente da Tour House



S c r i t t a

Jornalista responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095
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