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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Tendências internacionais para o mercado de viagens corporativas

Olá!

Este artigo foi publicado na Revista Infra Outsourcing & Workplace ano 14 - nr 146 - set/12, página 89 - útil para as assistentes que têm sob sua responsabilidade a elaboração e/ou revisão de Política de Viagens.

Um abraço,

Meire Melo


O estudo "Estatístico 2012" realizado pelo CE-30 - o Comitê de Executivos da Associação Brasileira de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (ABGEV) - foi divulgado no boletim da instituição e traz dados importantes para o setor de viagens corporativas, como a compra de serviços fragmentados (refeições a bordo, conexão à internet, entre outras facilidades), chamados de "ancilary fees". Trinta e quatro por cento das empresas pesquisadas permitem que os viajantes corporativos comprem estes serviços, enquanto 33% já estão avaliando incluir esse tipo de serviço em sua política de viagens, o que aponta que esse tipo de compra está se tornando uma tendência no mercado brasileiro.

Outro dado interessante é referente à antecedência na compra das viagens: 78% das empresas compram viagens nacionais, em média, 7,7 dias antes, enquanto que para viagens internacionais a média sobre para 13,3 dias.

Além disto, 48% das empresas realizam o "client review" a cada três meses, permitindo que se possam incluir ou excluir itens dos programas de viagens conforme a utilização ou adesão dos viajantes corporativos, além das novidades que surgem no mercado. O mesmo percentual de empresas realiza processos de concorrência globais, portanto, tudo que é definido para o programa de viagens da empresa é utilizado em qualquer localidade em que ela esteja situada, criando um padrão global.

Assim, percebe-se que as mudanças que acontecem internacionalmente no setor de viagens corporativas estão ganhando força e adentrando cada vez mais rápido ao mercado brasileiro.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Índice compara preços de hotéis pelo mundo

Brasileiros em busca de hotéis de categorias superiores puderam encontrar uma variedade de opções em 2011 a preços bem acessíveis. De acordo com a nova edição do HPI (Hotel Price Index) - estudo realizado pelo site http://www.hoteis.com/ que analisou preços pagos por viajantes em 2011 em comparação ao ano anterior -, com R$ 300 foi possível hospedar-se em estabelecimentos 4 estrelas em destinos como Barcelona, Buenos Aires, Las Vegas, Lisboa e Madri, entre outros.

Com o mesmo valor, turistas brasileiros que optaram por viajar pelo país encontraram acomodações três estrelas em São Paulo e duas estrelas no Rio de Janeiro. "Já em Nova York, os viajantes com R$ 300 somente puderam pagar hotéis de apenas uma estrela", destaca Yara Ohashi, gerente de marketing do site.

Os altos preços no Brasil refletem o aumento de 10% das tarifas de hotéis no país em 2011 em comparação a 2010, superior à média global de apenas 4% no mesmo período. "O Brasil está cada vez mais valorizado mundialmente, principalmente com grandes eventos programados como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016", explica Ohashi.

O índice HPI monitora os preços reais pagos por quarto em vez de se basear nos valores anunciados pelos hotéis. Trata-se de uma pesquisa regular de preços de hotéis localizados nas principais cidades ao redor do mundo. O índice aponta os valores efetivamente pagos por clientes na contratação de 142 mil quartos em cerca de 19.800 locais de hospedagem.

Publicado em 19.05.12
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/turismo/1090162-indice-compara-precos-de-hoteis-pelo-mundo.shtml

Gol muda site para informar sobre passagens de outras empresas

A Gol alterou o layout de seu site para deixar claro aos clientes que vende passagens em voos operados por outras companhias, como a Webjet.

Em fevereiro, matéria da Folha mostrou que a Gol oferecia assentos em voos da Webjet pelo triplo do preço e sem explicitar que o passageiro voaria por outra empresa.

Na época, havia apenas uma sigla (OP) que identificava que o voo era operado por companhia parceira. Agora, há uma tarja verde, em destaque, na qual está escrito "Webjet". O mesmo ocorre em trechos da Passaredo.

Segundo a Gol, a alteração foi feita em abril e visa a "melhor identificação das companhias aéreas parceiras pelos clientes". A empresa disse que não foi notificada por nenhum órgão a promover a mudança e não tem registros de reclamações de clientes.

Apesar da modificação, os preços cobrados pelas duas companhias, para um mesmo voo, continuam diferentes. No site da Gol, os valores são quase quatro vezes maiores do que no da Webjet.

A empresa afirmou que suas práticas cumprem a legislação vigente. "A Gol esclarece que não faz coordenação de preços com a Webjet e que as duas companhias têm políticas tarifárias independentes", disse a empresa, em nota.

Publicado em 17.05.12
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1091407-gol-muda-site-para-informar-sobre-passagens-de-outras-empresas.shtml

Saiba o que fazer em caso de atraso ou cancelamento de voo

Uma resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) de 2010 determina os direitos dos passageiros em casos de atrasos ou cancelamento de voos. O não cumprimento das normas pode resultar em multas que variam de R$ 4.000 a R$ 10 mil à companhia aérea.

Clique no link para acessar a resolução da Anac:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/750629-resolucao-da-anac-entra-em-vigor-e-da-mais-direitos-aos-passageiros-de-aviao.shtml

Com atraso acima de uma hora, a companhia deve oferecer ao passageiro algum meio de comunicação, como telefone ou internet. Após duas horas, deve fornecer alimentação. Os direitos valem até que o voo decole e são estendidos ainda a passageiros que já estiverem dentro da aeronave em solo.



Clique no link e acesse o arquivo em pdf com mais informações:
http://media.folha.uol.com.br/cotidiano/2010/12/20/ficha_caos_aereo.pdf

Já após quatro horas de atraso, a companhia fica obrigada a fornecer acomodação em local adequado, como salas de espera, por exemplo; ou ainda em hotel, se for o caso.

A resolução da Anac proíbe ainda a venda de bilhetes para os próximos voos da companhia para o mesmo destino até que todos os passageiros prejudicados por atraso, cancelamento ou overbooking sejam reacomodados.

Caso a empresa não cumpra as normas, o passageiro pode procurar os fiscais da Anac ou acioná-la pelo telefone 0800-725-4445. Nos maiores aeroportos, também é possível recorrer aos juizados especiais:

Aeroporto de Brasília: 0/XX/61 3364-9477

Congonhas (São Paulo): 0/XX/11 5090-9802

Cumbica (Guarulhos): 0/XX/11 2445-4726

Galeão (Rio): 0/XX/21 3398-5344

Santos Dumont (Rio): 0/XX/21 3814-7763
 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1082320-saiba-o-que-fazer-em-caso-de-atraso-ou-cancelamento-de-voo.shtml

Agência quer cobrar R$ 7 por viajante em conexão

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apresentou ao mercado proposta que fixa em R$ 7 por passageiro o valor da tarifa de conexão que começa a ser cobrada a partir do segundo semestre pelos aeroportos.

A tarifa de conexão foi criada por medida provisória em novembro. Agora a Anac colocou em audiência pública as normas para início da cobrança, válida para voos nacionais e internacionais.

A tarifa, que será recolhida pelas companhias aéreas, será cobrada quando o passageiro desembarcar no aeroporto para retornar à mesma aeronave ou tomar outro avião para ir a outra cidade. Não haverá taxa por escala.

A cobrança pelos voos de conexão foi uma exigência das empresas que estudavam disputar a concessão dos aeroportos de Cumbica (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) e está prevista nos editais de privatização elaborados pela Secretaria de Aviação Civil. É uma nova fonte de receita para as concessionárias.


Segundo o agência, o valor-teto (que será cobrado nos principais aeroportos) corresponde a 50,84% da tarifa de embarque --um pouco abaixo dos 65% cobrados em outros países, como Alemanha, França e Holanda.

Os preços da conexão caem, de R$ 5,50 para até R$ 3, de acordo com a categoria dos aeroportos.


Em outubro do ano passado, o ministro Wagner Bittencourt (Aviação Civil) disse que não haveria impacto nos preços dos bilhetes aéreos.

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) estima que haja um custo extra de "bilhões" para operadores nacionais e estrangeiros que dificilmente pode ser absorvido agora. "Criam uma receita para os aeroportos e deixam os custos para as empresas", afirmou Ronald Jenkins, diretor técnico do Snea.

Publicado em 22.05.12
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1093716-agencia-quer-cobrar-r-7-por-viajante-em-conexao.shtml

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O novo gestor de viagens

As viagens de negócios ganham espaço no orçamento de grandes, médias e pequenas empresas. Só em 2011 este mercado movimentou em torno de R$ 47,5 bilhões, segundo os Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC) – levantamento coordenado pela Associação Brasileira de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (ABGEV), co-realizado pelo Senac-SP e com apoio da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). Este segmento já representa 71% do faturamento total do setor de hotelaria, ante a participação de 61% em 2010.

Mas as turbulências financeiras no cenário mundial e o avanço das despesas em viagens corporativas acionaram o sinal de alerta nas empresas, levando também ao aumento da pressão por economia e pela utilização mais racional dos recursos. É aí que a figura do gestor de viagens ganha ainda mais relevância – afinal, são milhões de reais gastos todos os anos que requerem gerenciamento minucioso. Por administrar orçamento de tal importância, este profissional modificou radicalmente sua rotina nos últimos anos.

Para assegurar a economia desejada, o gestor não pode mais focar exclusivamente na emissão de passagens e vouchers. Hoje ele apresenta condições para extrapolar este trabalho e gerar ganhos significativos. A importância e os resultados que uma boa administração de viagens pode trazer para as empresas são inegáveis.

Quando falamos em um gestor, não se trata de um profissional restrito a exercer o papel de comprar e emitir bilhetes ou reservas hoteleiras, mas sim de alguém capaz de otimizar os recursos despendidos neste segmento. Da seleção de fornecedores mais adequados à adoção de novas regras e ferramentas, a estratégia do gestor é fundamental para um bom resultado operacional.

Algumas mudanças simples, como a implementação de um sistema automatizado para requisição de viagens, conseguem reduzir não apenas o tempo gasto com os colaboradores na solicitação. Elas também garantem economia significativa no valor dos bilhetes adquiridos, trazendo benefícios implícitos com a simples máxima: tempo é dinheiro. O gestor também assume a atribuição de elaborar e aplicar a política da companhia, aferir o que pode e o que não pode ser feito, monitorar o uso de ferramentas como os cartões corporativos, além de definir quais práticas deve-se adotar para conquistar uma economia eficaz, sem prejudicar o desempenho dos negócios.

Por falta de pesquisa e planejamento, empresas não percebem o quanto pode ser economizado quando se tem um profissional especializado e preparado para a função. Despesas expressivas nesta área são negligenciadas e chegam a margens de R$ 2 a 3 milhões, comprometendo seriamente o fluxo de caixa. Em média, pelo menos 8% de bilhetes aéreos emitidos não são utilizados e ficam relegados ao esquecimento. Com sua atuação, o gestor pode promover um trabalho de pesquisa, ajustar políticas de compra e, o mais difícil, conscientizar os diretores sobre a necessidade de aderência à política de viagens da empresa.

Um bom gestor de viagens é antes de tudo um exímio administrador, que entende do mercado de turismo, de tecnologia, negocia não apenas com os seus fornecedores, mas com a empresa inteira, e tem a difícil tarefa de trazer seus esforços à luz da empresa, transformando-os em efetiva economia de recursos. Ganham as empresas, agências, clientes e todo o mercado.

* Carlos Prado é presidente da Tour House



S c r i t t a

Jornalista responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095
Contato: Cristiane Lourenço / Juliana Santiago
Tel./fax: 11/5561-6650 ou 11/3588-6650

Situação da aviação civil no País é tema de novo debate na Câmara

As comissões de Viação e Transportes; e de Turismo e Desporto vão realizar audiência pública para discutir a situação da aviação civil no Brasil. A iniciativa, ainda sem data marcada, é do deputado Washington Reis (PMDB-RJ).

A infraestrutura dos aeroportos e a qualidade dos serviços aeroportuários no País têm sido amplamente discutidos na Câmara por causa dos grandes eventos mundiais que o Brasil vai sediar em breve, como a Rio+20 no mês que vem, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

Em reportagem do jornal “Estadão”, o presidente da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves, George William Sucupira, classificou como caótica a situação atual da aviação civil. Sucupira reclamou que não há política para o setor, mesmo depois da criação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O deputado diz que não basta a Anac estudar soluções em seu âmbito de atuação. “O Congresso Nacional deve envolver-se no assunto para diagnosticar os problemas e propor soluções cabíveis”, acrescenta Reis.

Serão convidados para o debate:

o ministro do Turismo, Gastão Vieira;
o ministro da Defesa, Celso Amorin;
o ministro da Fazenda, Guido Mantega;
o ministro do Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel;
o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt;
o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Freitas Barreto;
o presidente da Anac, Marcelo Guaranys;
presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale; e
representantes de entidades sindicais nacionais, de empresas nacionais e regionais de aviação.(Agência Câmara de Notícias)


Sazonalidade e inconstância afetam hotelaria

O mercado hoteleiro da Capital mantém postura apreensiva no que se refere à ocupação da maioria dos estabelecimentos, apesar de algumas redes apontarem, em estudo recente - desenvolvido em todo o País -, que houve crescimento da demanda por quartos em 2011. Dados regionais, obtidos em levantamento mensal do Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (SHPOA), revelam que a realidade do mercado de hospedagem da Capital gaúcha ainda deixa a desejar, principalmente devido à sazonalidade e inconstância da procura, que tende a cair aos finais de semana e entre os meses de dezembro a março. Se para determinado nicho de estabelecimento a ocupação chegou ao patamar de 70,89% em 2011, para os demais (que representam a maioria), esta taxa ficou na média de 61%, explica o presidente do SHPOA, Daniel Antoniolli.

Segundo o levantamento Programa da Realidade Hoteleira (PRH) - desenvolvido mensalmente pelo Sindicato há dez anos -, a ocupação média do setor nos últimos 12 meses foi de 60,86%, ficando abaixo do ano anterior em 0,46 pontos. “A amostra dos hotéis participantes do PRH é bem equilibrada e extremamente representativa. Além disso, ela é divida por faixas abrangendo todo espectro de preços praticado nas diversas categorias”, explica o dirigente. Ele pontua que a pesquisa engloba todos os tipos de hotéis, sendo eles de redes ou não.

A constante preocupação da hotelaria tradicional da cidade em buscar cada vez mais atrair novos eventos está atrelada não somente à realidade do dia a dia dos estabelecimentos, mas também aos números que se revelam pouco animadores: o estudo feito pelo PRH neste mês mostra que a ocupação de quartos em abril deste ano foi de 56,24%. Comparando com abril de 2011 (61,21%), houve um decréscimo de 8,12% em termos relativos, com diminuição de 4,97% no índice.

“Alguns hotéis menores podem ter melhores ocupações, porém aqueles estabelecimentos que possuem mais de 100 apartamentos continuam com a procura aquém das suas capacidades instaladas”, afirma o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Sul (ABIH-RS), Abdon Barretto Filho, professor de Turismo e especialista em estudos nesta área. Conforme ele, a grande luta do setor é buscar alternativas, não só pela captação de eventos, mas revelando as atrações da Capital. “Não podemos continuar desta forma, tendo grandes períodos de ociosidade dos hotéis”, pontua.

“Dificilmente a hotelaria ultrapassa os índices de 70% de ocupação, se alcançar 60% já está bom”, lamenta o presidente do SHPOA. Nos feriadões os estabelecimentos ficam quase vazios, uma vez que a característica predominante na Capital é a do segmento de turismo de negócios, explica o dirigente. Segundo ele, a demanda por quartos nos hotéis de Porto Alegre cresce de segunda até quinta-feira, quando chega em seu ápice, e começa a declinar na sexta-feira, com baixas mais severas aos sábados e domingos.

Conforme o diretor da ABIH-RS, o entrave do setor hoteleiro na Capital é não sediar um número expressivo de eventos nos finais de semana, mas também nos feriados e nos meses de dezembro a março. “A sazonalidade e inconstância da demanda é uma característica do produto hoteleiro, e infelizmente Porto Alegre tem ocupações muito baixas nestes períodos. Por isso as entidades ligadas ao setor têm movido esforços conjuntos para a captação de eventos e programas turísticos”, reforça.

Apesar de no ano passado ter ocorrido um número recorde de eventos internacionais e nacionais em Porto Alegre, quando a ocupação no segundo semestre teve uma boa alta, este ano houve uma queda na demanda por quartos, diz a presidente do Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau (CVB), Berenice Lewin. “Também nos esforçamos em captar feiras, congressos e outros encontros de negócios para toda a Região Metropolitana”, afirma Berenice. “Mas isso não significa que Porto Alegre esteja perdendo eventos para as cidades vizinhas.”

O presidente da ABIH-RS, José Reinaldo Ritter, destaca que os meios de hospedagem sofrem os impactos dos chamados dias azuis, períodos fracos, onde a hotelaria registra ocupações “baixíssimas, fora, inclusive, de qualquer nível razoável de manutenção”. “Mas isso oscila muito, também existem casos onde ocorrem dois eventos em um mesmo mês, levando a ocupação a um patamar de 80%.” Na opinião do dirigente, mais do que a criação de novos hotéis, é preciso buscar sempre mais eventos, para ocupar as redes hoteleiras que já estão em funcionamento e aumentar os índices de procura por quartos. “Cada vez é mais necessário este tipo de ação, tendo em vista que já é certo que a partir de 2013 irão entrar no mercado mais de 1000 novos apartamentos.”

“O Brasil se transformou em um dos principais lugares para investimento hoteleiro, e não tinha como Porto Alegre ficar de fora disso”, comenta a presidente do Convention. “O resultado deverá ser a queda da diária média dos estabelecimentos, e as áreas comerciais dos empreendimentos terão que intensificar suas investidas”, completa. Ainda de acordo com o estudo do SHPOA, a diária média do período de maio de 2011 a abril de 2012 fechou em R$ 170,76 contra R$ 154,67 cobrados entre maio de 2010 a abril do ano passado, com aumento de 10,4% contra uma taxa de inflação de 5,24% medida pelo IPCA/IBGE.

Embratur critica ganância da indústria hoteleira do Rio

Governo precisou intervir para reduzir o preço das diárias durante Rio+20


A Embratur atribuiu à "ganância de poucos" os elevados preços cobrados pela indústria hoteleira no Rio de Janeiro. Para a empresa, a estratégia do setor vai dificultar a consolidação do país como polo turístico mundial. Na semana passada, o governo precisou intervir para reduzir o preço das diárias no Estado durante a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho. A estatal divulgou nota neste domingo (20) com críticas aos preços praticados na indústria hoteleira fluminense, segundo a empresa os mais altos do país, sem motivo para essa diferença, que tem gerado reclamações no Brasil e no exterior.
 
Os altos valores cobrados para hospedagem geraram protestos de comitivas estrangeiras. O Parlamento europeu chegou a cancelar a participação de uma delegação de 11 representantes no evento sob essa alegação. Em nota, a Embratur classificou como "absurdo" a hotelaria no Rio praticar preços semelhantes ao do réveillon ou carnaval durante a conferência. Nesses períodos festivos, argumentou, o visitante tem liberdade de escolher entre várias cidades no país, o que não acontece em um evento da ONU sediado no Rio.
 
"Os hotéis do Rio, ou de qualquer outro destino turístico brasileiro, não podem pretender que o aquecimento de demanda, em face de um evento custeado pelos impostos de todos os brasileiros, conduza a margens de lucros que dificultem a consolidação do Brasil como um polo turístico mundial", diz a nota.
 
Em entrevista publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo", o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), também criticou o setor e lembrou que os erros de agora devem servir de lição para futuros eventos que a cidade vai receber, como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude em 2013, a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Paes apontou o contrato entre o Itamaraty e a empresa Terramar como um dos principais responsáveis pela disparada no preço da hospedagem durante a Rio+20.
 
Segundo ele, a Terramar "cresceu os olhos" com o evento, assim como o setor hoteleiro, que chegou a exigir que as comitivas fechassem pacotes de uma semana, mesmo que fossem ficar menos tempo. A Embratur também avalia que a Terramar estava cobrando "taxas muito acima do razoável." Mas, na avaliação da Embratur, jogar a responsabilidade no acordo fechado pelo Itamaraty não ajuda a resolver o problema criado pela hotelaria no Rio de Janeiro.
 
"Não há razão objetiva para isso, já que os custos não têm diferença em relação a outras cidades de idêntico ou maior porte", diz o texto. Para a empresa, o importante é o Brasil buscar alternativas que o coloquem no foco do turismo internacional.
 
Pesquisa realizada pela Embratur mostra que os preços no Rio estão "desalinhados" frente aos fixados por outras cidades que sediam eventos internacionais importantes. "O governo federal não aceita tal postura comercial", diz. A nota destaca ainda que o governo intensificará os esforços para manter os preços dos hotéis justos na cidade em defesa da imagem do Rio como destino turístico.

Fonte: Agência Estado - 20.05.2011

 

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